Quem sou

Vamos falar um pouquinho de mim, nasci em São Paulo, sou bacharel em administração de empresas, com pós em controladoria, trabalhei 18 anos  na área Administrativa, sou micro empresaria no ramo da terceirização

Tenho 02 (dois) filhos, sendo um casal de irmãos adotados, com grau de parentesco por parte do meu marido (Meu marido era tio distante).

A genitora sofreu uma denuncia por maus tratos com as crianças, além de ser usuária de drogas, as crianças ficavam nas ruas, não tinham alimentos  moravam numa casa, onde tinham 04 homens e  a genitora  usava drogas  bebia o dia todo e não cuidava dos menores

Quando ficamos sabendo destas crianças e sua situação na época, nos sensibilizamos com a situação e resolvemos ajudar, pois ambos se encontravam em um abrigo, em São Sebastiao, Tanto o pai, quanto a mãe dos meninos eram usuário de drogas e a família não tinha condições e nem interesse em ajuda-los a criar e educar estas crianças, que foram encaminhados a  “Casa da Criança”.

Entramos em contato com o conselho tutelar, assistente Social e fórum em São Sebastião, para as devidas providencias e possível guarda destas crianças.

Em audiência no fórum, a juíza, concedeu a guarda destas crianças a mim e meu marido, onde foram liberadas para o convívio conosco em São Paulo, através de uma guarda provisória, para uma convivência e adaptação dos menores com os novos pais.

O segundo passo era árduo, porem uma satisfação enorme em ajudar dois menores, que não teria nenhuma chance de adoção por conta das idades , sendo assim se continuassem na casa da criança, não teriam  nenhuma perspectiva de um futuro certo e não teriam nenhuma chance de poder conquistar seu espaço.

Eles tinham a idade de 08 anos e 06 anos de idade, quando saíram do abrigo. Sendo que o mais velho não era alfabetizado, ambos não frequentavam a escola, a não ser para se alimentar comendo da merenda escolar. Eram crianças que não tinham contato com ambientes infantil, como biblioteca, nunca foram em aniversários em buffet infantil, cinemas, shopping, supermercados, cabeleireiros, etc…  Eram crianças bem primitivas, a juíza me disse que elas eram como índios, não conheciam nada. A poucos meses foram em uma cerimonia religiosa em minha família.

Ao chegar em minha casa, passaram no pediatra, psicopedagoga, foram matriculadas na escola, fizeram diversos exames, foram ao dentistas, cabeleireiros, enfim estavam saudáveis. Minha tarefa era bem difícil, pois tinha que alfabetizar o mais velho, pois estava atrasado nos estudos e não sabia nada nem escrever seu primeiro nome.

Passaram por alguns preconceitos, pois a sociedade é preconceituosa sim, mas conseguiram superar este desafio com facilidade, pois tudo que eles mais queriam era ter uma nova vida e serem aceitos por mim e meu marido, que infelizmente virou uma estrelinha lá no céu. Hoje sou viúva e assumi a responsabilidade de uma chefe de família.

Hoje, são crianças alfabetizadas, espertas e inteligentes.

Minha historia de vida, retrata muitas famílias que poderiam adotar crianças e assim poder educa-las, dar a oportunidade destas crianças construírem uma nova historia , porem acabam não tendo esta coragem por vários motivos…..

colocar fotos meninos e marcia

Minha historia na politica inicia assim….

Sempre que sentava para conversar com meu pai, ele queria falar de politica, sobre os atuais políticos que estavam no poder na época, como Paulo Maluf, mas infelizmente não tinha interesse em discutir politica na época, acabava desconversando do assunto e só escutava meu pai expressar sua opinião.

O Tempo foi passando  e de repente, comecei a me interessar mais sobre os assuntos políticos, mas não era filiada a nenhum partido, mas tinha uma enorme vontade de atuar no legislativo.

Procurei um amigo em 2017, que costumava   a concorrer nas eleições para vereador e morava no bairro, que me indicou o partido PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) partido de centro e passou o contato .

Entrei em contato com o Partido PTB, onde conheci o Celso Silvino, Assessor direto do (Deputado Estadual Campos Machado),  quando fui convidada pelo Celso Silvino a filiar se ao partido PTB e resolvi aceitar

Em 2018, fui convidada pelo deputado Estadual  Campos Machado a sair candidata a Deputada Federal nas eleições de 2018, foi então que soube  que havia saído uma lei que garantia que 30% do fundo partidário fosse destinado as mulheres , seguindo a  Lei 9.100/1995 e Lei 9504/1997,conforme matéria abaixo:

 

“Em 2009 houve um grande movimento de pressão para mudar as regras para as eleições gerais de 2010, de forma a garantir que mais mulheres fossem eleitas. Na “mini-reforma” política de 2009, a redação do artigo 10º da Lei Eleitoral foi mudada para garantir que “cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo”. Até então, quase nenhum partido preenchia as vagas reservadas às candidatas mulheres, deixando-as vazias, enquanto preenchia todas as vagas de candidatos homens. Essa mudança buscava garantir que partidos de fato lançassem 30% de candidatas. Os resultados de 2010, no entanto, mostram que esse ajuste de candidaturas não foi suficiente para que se promovesse uma mudança nas eleitas: o número de eleitas para a Câmara dos Deputados se manteve em 8,8%, exatamente o mesmo percentual de 2006.

Durante o debate da reforma eleitoral de 2015, houve uma articulação da bancada feminina do Congresso para reservar assentos, e não vagas de candidatura, para que as mulheres realmente subissem em número de ocupantes de cadeiras legislativas. A proposta seria subir paulatinamente a reserva de cadeiras, sendo 10% na primeira eleição, 12% na próxima e, finalmente, 16%. Essa proposta não atingiria imediatamente o número de eleitas para a Câmara dos Deputados, que chegou a 9,9% em 2014, mas garantiria um percentual mínimo para os outros âmbitos de disputa, como as Assembleias Legislativas estaduais. No entanto, nem essa proposta brandíssima foi aprovada pelo nosso Parlamento majoritariamente composto por homens.

Sabemos que temos regras eleitorais que não colaboram para garantir que as mulheres sejam eleitas, que dificultam a efetividade da lei de cotas. Houve, nos anos 1990, uma decisão parlamentar de que o país se comprometeria a promover a eleição de mulheres. Só que o sistema eleitoral brasileiro tem várias “brechas” para contornar a lei de cotas que temos desde 1995. Mas, então, quem opera essas brechas?

Quando saímos da análise da “letra da lei” e partimos para uma reflexão sobre os agentes que operam as regras, conseguimos ter mais respostas. Afinal, leis não se operam sozinhas. No caso das decisões políticas, o processo de tomada de decisões é organizado pelos partidos políticos, que são entidades que “organizam o trabalho político”. E os partidos brasileiros são majoritariamente controlados por figuras tradicionais que não abrirão mão dos seus domínios. Essas pessoas são, como não nos surpreende, homens (majoritariamente brancos e ricos).

Em toda análise política, pensamos em como são tomadas as decisões, nas relações de poder envolvidas entre agentes que têm interesses divergentes e buscam conseguir fazer valer esse seu conjunto de interesses. Essas relações de poder envolvem hierarquias, diferenças de prestígio, capacidades desiguais de influenciar as decisões. O histórico da atuação política das mulheres brasileiras, apesar da proeminência de líderes políticas importantes há décadas (aqui, é impossível não pensar em uma figura como Bertha Lutz, por exemplo), sempre foi marginal. Nunca houve grandes possibilidades de que os interesses das mulheres, por mais diversos que fossem, tivessem importância central no projeto de país. Isso é resultado de uma desigualdade na condução da vida política, nas barreiras que impedem que mulheres tenham importância na tomada de decisões. Os espaços que organizam as possibilidades, os recursos e as decisões políticas, ou seja, os partidos políticos, sempre foram comandados por homens.

Em política, é comum dizer que não há espaço para ingenuidade: quem ocupa uma posição de destaque não cederá para ocupar uma posição lateral. Quando a lei de cotas foi aprovada, em 1995, houve automaticamente a aprovação de medidas para que elas não tivessem efeito. Com a Lei Eleitoral 9504/1997, não era obrigatório preencher as cotas. Ao mesmo tempo, aumentou-se o número de vagas que cada partido ou coligação poderia lançar, assim nenhum homem seria deslocado da disputa. O ajuste de 2009, que indicou a obrigatoriedade de preencher as vagas das cotas, não levou a grandes mudanças, porque não é apenas uma questão de reservar candidaturas. O problema é fazer essas candidaturas possíveis, competitivas, com recursos e visibilidade. Candidaturas só são competitivas se há investimento do partido em assim torná-las. É preciso decidir concentrar recursos financeiros, humanos, materiais e de atuação política do partido para que alguém seja eleito/a. Se as decisões sobre essas candidaturas não envolverem mulheres, se elas forem decisões de uma cúpula masculina, não serão as candidaturas femininas aquelas que receberão prioridade pelo próprio partido.

Para além da lei de cotas, os problemas relacionados aos partidos políticos se relacionam não apenas “às leis”, mas ao baixo controle público dos agentes da política. Isso se refere às denúncias de caixa 2, de violência política, de favorecimento, de tráfico de influência etc. É louvável que atualmente entendamos que a lei de cotas não se restringe a reservar um mínimo de candidatas, mas também que se reservem recursos de campanha para essas candidatas. Para além de candidatas mulheres, precisamos de candidatas competitivas, com chances de vencer eleições. Ao mesmo tempo, para que uma real redistribuição de recursos políticos se dê é fundamental deslocar atores que não estão dispostos a ceder espaço. Se queremos promover mudanças na política institucional, precisamos promover mudanças nos partidos. Mais mulheres precisam incidir sobre a seleção das candidaturas, a distribuição dos recursos, as decisões partidárias. Mais mulheres precisam fazer valer seus interesses nos espaços decisórios dos partidos.

 

A decisão de 2018 do STF em garantir que 30% do fundo partidário seja destinado às mulheres dos partidos, assim como a decisão do TSE, deste mesmo ano, de garantir 30% dos recursos do fundo eleitoral e do tempo de propaganda eleitoral gratuita para as mulheres dos partidos, ampliando a interpretação da lei de cotas, são medidas muito importantes, porque incidem sobre recursos necessários para aumentar a competitividade das candidaturas. Não há candidata forte sem financiamento ou que não apareça na propaganda eleitoral. Um outro fator, no entanto, ameaça a efetividade de mais essa medida: qual é a capacidade de fiscalização dos partidos? Essa medida será aplicada ou os caciques partidários procurarão mais brechas?

http://www.generonumero.media/o-que-sao-as-cotas-para-mulheres-na-politica-e-qual-e-sua-importancia/

 

Quando li as matérias que falavam sobre as cotas femininas, percebi que era a minha oportunidade e o momento certo de entrar na politica e criar a minha bandeira.

A partir do momento que filiei ao partido PTB em 2017, passei a frequentar todas as reuniões do partido.

Em 2018, sai candidata a Deputada Federal, e fui as ruas para ter um contato com a população e assim entender as necessidades dos meus eleitores e  começar a atuar politicamente, uma vez que não obtive 100%  ajuda do partido financeiramente, apenas um coordenador de campanha, durante a minha campanha, no entanto foi uma experiência muito difícil, pois os recursos disponibilizados para as mulheres eram muito pouco para um bom trabalho infelizmente, sem falar que tudo era muito difícil quando se trabalha sozinha e sem recursos, mesmo assim obtive apoio dos meus eleitores que apostavam em uma mulher concorrendo a uma vaga no legislativo, sendo homem e mulheres

Infelizmente não fui eleita ao cargo de deputada Federal naquele ano, mas aumentou ainda mais a vontade e o interesse pela politica. Percebi que precisaria de uma especialização em assuntos políticos, ou seja, uma preparação para atuar no legislativo, foi quando me inscrevi em diversos cursos, tais como : na CMSP, Tribunal de Contas de São Paulo, Assembleia Legislativa, incluindo atuação no legislativo em Brasília, no CEFOR (CENTRO DE FORMACAO TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO), em 2019.