Saúde

SAUDE NA PANDEMIA

BANDEIRA N. 5

 

 

O SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado apenas em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, que determina que é dever do Estado garantir saúde a toda a população brasileira e estabelece atendimento de saúde de forma integral a todos os brasileiros, transformando-o no maior sistema de saúde público do mundo.

Claro está que críticas a este sistema que se propõe a assegurar direitos a nossa carente população têm fundamentos no sentido de cumprimento de seus princípios doutrinários, tais como Universalidade, Integralidade, Participação Popular e Controle Social e Equidade. Isso porque carece de investimentos

Os gastos públicos com saúde no Brasil equivalem a 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto), o que coloca o país na 64ª posição em gastos com saúde, no ranking com 183 países.

Entretanto, mesmo os críticos mais fervorosos desse sistema tiveram que curvar-se e reconhecer a importância do nosso sistema público de saúde nesta pandemia.

Nos EUA, ficou clara a falta de um sistema público de saúde neste momento

E isso com certeza será o grande legado que a pandemia deixará naquele país, pois como dizia Winston Churchill: “Os Estados Unidos sempre fazem a coisa certa, mas só depois de tentarem todas as outras alternativas”.

Torçamos para que o investimento e a valorização do nosso SUS sejam o legado. Mas o que fica claro globalmente é que a saúde pública precisa ser priorizada novamente.

Óbvio que os profissionais de saúde fizeram e estão fazendo sua parte de forma primorosa, mas precisam de um sistema estruturado….

“os médicos são importantes agentes políticos, em defesa das causas públicas. Nesse sentido, sem interesses político-partidários”. Vimos, neste momento, além de todas as dificuldades para o enfrentamento deste poderoso inimigo, a inaptidão que tornou maior do que deveria essa pandemia. A politização de medicamentos de forma tão folclórica quanto ridícula

cabe ao médico prescrever medicamentos e, ao estado, simplesmente fornecê-los. Nosso país, governo e sociedade têm agora a oportunidade de rever os problemas de desigualdades sociais e priorizar os sistemas públicos de saúde.

O Estado, por sua vez, deve continuar a ajudar a ciência a proteger a sociedade .

Sabemos que para qualquer lugar que olhemos, haverá alguém falando sobre o Coronavírus. Seja na televisão, na internet, na vizinhança ou em seu grupo de amigos, esse assunto se espalhou exponencialmente, assim como a contaminação em si.

Assim, considerando os impactos que essa situação está gerando e ainda poderá causar, o intuito deste artigo é expor como uma pandemia, mais especificamente falando da COVID-19, pode afetar o Sistema de Saúde. 

As mais diversas pandemias passadas deixaram um legado na história com um número significativo de óbitos e de pessoas enfermas. Essas experiências são capazes de mostrar a necessidade de elaboração de Planos de Preparação para Enfrentamento de Pandemias, flexíveis e capazes de dar as respostas que o problema requer.

Muitas vezes, apesar dos Sistemas de Saúde tomarem medidas preventivas, algumas populações infelizmente não praticam essas providências de forma efetiva e isso afeta diretamente o sistema.

Vamos entender um pouco mais sobre o assunto?

Uma pandemia é caracterizada quando uma doença se espalha através dos continentes e não se restringe em apenas um local. Nem todas as doenças podem causar uma pandemia, mas algumas acabam se alastrando, como é o caso da COVID – 19.

O que é o Coronavírus? (COVID-19)

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados em 1937. No entanto, foi apenas em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus.

 

Nosso Sistema de Saúde, SUS, está preparado para a Pandemia? 

É importante analisarmos todos os aspectos envolvidos. O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro é um sistema complexo e que oferece um acesso universal a qualquer cidadão brasileiro. Isso significa, por exemplo, que no Brasil, o teste para a COVID-19 é gratuito.

Em contrapartida, nos Estados Unidos (EUA), que é uma superpotência mundial, metade da população não consegue pagar pelo teste, que varia de U$1.000 a U$4.000. Então é importante valorizar o SUS.

Qual o grande entrave de uma pandemia ao Sistema?

O grande entrave de uma pandemia, e com o corona não é diferente, é a capacidade do Sistema em atender os pacientes contaminados. Essa é uma questão que envolve os Sistemas de Saúde mundiais. E, atualmente é o grande problema da Itália, pois a quantidade de contaminados é muito superior à capacidade de leitos oferecido pelo país.  

Desse modo, é extremamente importante que tanto a população quanto o Estado tomem atitudes que favoreçam o controle da propagação. A exemplo do coronavírus, a necessidade de quarentena, de isolamento social, com o intuito de manter a curva de crescimento da doença abaixo da capacidade de leitos disponíveis.  

 

 

Conscientizando a População sobre a Pandemia

Formas de Prevenção do Coronavírus

 

A conscientização das pessoas é fundamental para que o controle seja efetivo e a doença não se propague de forma rápida e exponencial. O Sistema tem se preparado e buscado alternativas, porém a forma de crescimento e propagação viral é o que define como o Sistema pode ser afetado. E como vimos, é necessário procurar ao máximo, manter o nível de crescimento da doença menor que a quantidade e leitos.

Assim, como profissionais da saúde, é nosso dever trabalhar ativamente na conscientização da população. Seja pelo meio que for (redes sociais, jornais, televisão, centros de saúde, vizinhança, família etc.), precisamos fazer com que a mensagem da prevenção, do isolamento social e do cuidado consigo e com o próximo chegue ao máximo de pessoas possível.

DIZ LUCIMAR FREIRE (TÉCNICA DE ENFERMAGEM) HOSPITAL MANDAQUI

Além disso, precisamos lutar para que todos tenham capacidade e acesso aos meios necessários para manter sua saúde em alta. Buscar ao máximo que todos possam ter acesso à álcool em gel, sabão, máscaras, luvas e a uma alimentação saudável.

Também é muito importante lembrar que todas essas medidas não são para criar pânico, pelo contrário, são para evitá-lo. Cuidar da saúde mental da população igualmente faz parte do nosso trabalho. Não podemos, inclusive, esquecer de cuidar de nós mesmos.

A incidência do coronavírus no Brasil é preocupante. No entanto, é sabido que a saúde pública do país e o seu sistema de atendimento são modelos de referência no mundo inteiro. Desenvolvido para abranger a diversidade que o Brasil apresenta, o SUS (Sistema Único de Saúde) tem como base a integralidade, a universalidade e a equidade de todos os pacientes e trabalhadores.

Criado para democratizar a saúde brasileira, o SUS tinha como interesse oferecer serviços de qualidade para a população, destacando o serviço público como um direito de todos os cidadãos. Acontece que, ao longo da história de sua consolidação, o sistema público foi deixado de lado e passou a gerar grandes problemas aos profissionais da área.

Esse cenário é alterado significativamente neste momento em que estamos diante da pandemia de coronavírus, vivenciada nos meses de 2020, que impactará a assistência clínica à população de risco em virtude das condições de infraestrutura dos serviços em saúde.